Conte e o renascimento Nerazurri
- Bruno Galvão
- 9 de fev. de 2021
- 3 min de leitura

Após vários anos fora do convívio dos grandes na disputa pela Série A, o Inter está de volta à elite do futebol Italiano sob comando de Antonio Conte.
Na temporada 2019/2020, já se conseguiu ver muito deste novo Inter. Terminou em segundo lugar da Série A mordendo os calcanhares à Juventus até ao fim e foi finalista vencido da Liga Europa caindo frente ao “Sr. Liga Europa” Sevilha.
Nesta corrente época, tirando o fracasso nas competições europeias (nas quais foi eliminado precocemente na fase de grupos da Champions League num pobre último lugar do grupo), a turma de Conte está a apostar todas as suas fichas no campeonato, onde perseguem o seu rival AC Milan na luta pelo Scudetto.
O que mudou com Conte?
Com a chegada de Antonio Conte a Milão, a forma de jogar e também o paradigma de contratações mudaram.
Pós conquistas da Série A pela Juve e da Premier League ao comando do Chelsea, o técnico Italiano resolveu aceitar o convite e abraçar este enorme desafio de acordar um gigante adormecido e o sucesso tem estado à vista.
Inter atualmente joga num 3x5x2, que se desdobra num 3x4x3 em momentos de organização ofensiva. Sempre com um trio defensivo, utiliza uma dupla de laterais que dão largura e envolvem se na organização ofensiva da equipa nas 3 fases, desde a construção até à finalização. Na época 19/20 com Candreva e Asamoah nas alas e nesta presente temporada com Hakimi e Young, a turma de Conte dispõe de criatividade e velocidade nos corredores.
Vimos uma equipa que constrói desde trás sendo que se adapta facilmente aos esquemas adversários. Com 3 centrais, dois alas que jogam a campo inteiro e com médios fortes em todos os momentos do jogo, o Inter é uma equipa bastante confortável em todos os momentos do jogo mostrando uma variabilidade de ideias e facilidade de adaptação ao adversário. Normalmente sai a jogar com laterais subidos e um dos médios a recuar para dar um apoio frontal na construção e tentarem construir pelo corredor central. Com Lukaku em campo, que é um jogador fisicamente e com bastante qualidade técnica para segurar a bola, muitas das vezes a equipa opta por jogar de uma forma mais direta em vez de sair a jogar curto com a equipa mais junta sendo que Lukaku segura a bola e Lautaro faz movimentos em diagonal nas costas para arrastar defesas e abrir caminho. No fundo, a dupla de avançados do Inter tem bastante dinâmica e ainda tem Alexis Sanchez como trunfo para refrescar a equipa.
Na fase de criação, vimos médios a aparecerem perto da área a darem suporte aos avançados e também a aparecerem nas constas dos defesas, com os avançados a fazerem os movimentos e arrastarem marcações para abrir buracos na defesa adversária. Os laterais dão sempre a largura à equipa para os momentos em que o jogo tem de ser jogado por fora.
Em organização defensiva, um dos avançados cai sempre sobre o médio mais recuado na construção do adversário enquanto que o outro sai em pressão enquadrado com o centro de jogo. Nos corredores laterais, a pressão é feita de dentro para fora por parte dos médios inferiores e os defesas centrais mais os laterais fazem uma linha de 5, montando um sistema de 5x3x2 com o trio do meio campo a ser formado por um médio recuado e dois médios interiores.
Neste vídeo do canal Code Football, podemos ver tudo isto explicado ao pormenor:
Será este o ponto de reviravolta para uma nova era de um Inter triunfante e de volta aos títulos?
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